sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mini Biografia em uma Auto Entrevista ! Final

Continuando...

T.P.E.: Seus textos costumam ser bem diferentes, abrangendo diversos assuntos, mas alguns são meio incoerentes, outros tem uma métrica e um segmento de ideias bem projetado, isso tudo é porque sai por acaso ou você pensa bem antes de escrever?
Maknim: Depende, alguns saem por acaso, outros eu estudo bem o tema para escrever algo, mas independente disso, tem uns que eu acho que ficam bons, e outros, mesmo trabalhados e acertados detalhes, ainda ficam incompletos e não transmitem a real ideia do que eu senti, ou vi, ou vivi, ou uma opinião, alguns assim. Há um caso de dois sonetos que escrevi recentemente que são inversos entre si, um é uma crítica e outro uma brincadeira, um conto cômico, são os "Cristão Vampiro" e "Vampiro Cristão", apenas mudando as palavras o sentido torna-se outro completamente diferente, e tenho tentado escrever eles há uns 4 anos, e só agora consegui, engraçado que o primeiro deu mais trabalho e não ficou tão bom quanto eu queria, já o outro, o Vampiro Cristão, achei que ficou muito bom, melhor do que eu imaginava, pois transmitiu bem a brincadeira, ainda mais que é entendível pois os dias de hoje estão infestados de "vampiros", então, nada melhor que colocar mais um, um cristão, que nem durou tanto tempo assim (risos).

T.P.E.: Quais foram os textos mais demorados e os mais rápidos que você escreveu?
Maknim: Mais demorados? Poxa, tem um que ainda estou escrevendo, e fazem uns 8 meses que estou para terminá-lo, mas estou esperando a ideia certa, chama-se "A Santa de Aluguel", e faltam apenas detalhes para terminar. Já mais rápidos eu não lembro, mas comecei a pegar gosto no começo desse ano. No blog Só Sonetando é possível ver, que a variação de tempo entre um e outro é absurda, pois uns demoram cerca de meses, outros diferem em minutos o tempo que demorei para escrevê-los, pois há dias em que escrevi 3 ou 4 sonetos, então realmente não sei explicar quais foram mais rápidos, talvez esses que escrevi no mesmo dia, mas um que me lembro de ter pego para escrever e minutos depois estava pronto foi o "Olhos Alheios", por isso gosto dele, foi rápido, coerente, e me marcou de certa forma, porque sempre lembro do fato ocorrido.

T.P.E.: Dos que você está escrevendo ainda, tem algum que você possa comentar?
Maknim: Sim, alguns como "A Santa de Aluguel", no qual há um duplo sentido, uma estória de uma mulher que é prostituta e ela pode te dar aquilo que a religião diz te dar também, como conforto, felicidade, coisas pormenores assim, mas também há o sentido da crítica à igreja, onde as pessoas para conseguir tais coisas devem entregar uma quantia em dinheiro, seja para conseguir um lugar no céu, ou não ir para o inferno, então esse é um duplo sentido que quero deixar bem entendido ambos os lados. Também há alguns em inglês para terminar, cerca de uns 15, em que quero desenvolver bem e ideia, já que estes levam a crítica mais a sério, mexendo muito com religião, como "Asking To Lord" (Pedindo ao Senhor), "Our Belief" (Nossa Crença), "Sins of Hate" (Pecados de Ódio) e "D'Evil Sinner" (O Pecador do Mal - ou no outro sentido; "Diabo Pecador").

T.P.E.: Você recebe ajuda ou apoio de alguém para escrever seus textos, ou é tudo por sua conta?
Maknim: No começo eu escrevia tudo sozinho e tudo que me dava na telha, hoje já compartilho informações e opiniões com algumas pessoas, isso gera um pouco mais de criatividade e ânimo para escrever outros textos, ou mesmo ideias que me mandam e eu desenvolvo, como "A Vida Por Um Triz", do Alberto, "VAI BRASIL" e "O Mundo Há Muito Se Acabou", da Elaine, "Sonhos Sem Fim", do Higor, e alguns outros que dizem detalhes ou dão opiniões e eu acrescento ou mudo alguma coisa, mas depende do caso, pois tem uns que recebo opiniões, e depois de pronto, principalmente os sonetos, eu não mudo mais, fica como está, e gostaria de aproveitar a oportunidade e agradecer a todos que leem e gostam, ou que não gostam mas pelo menos leram, e gostaria sim de receber críticas, apesar que muita coisa estou mudando sozinho, como os assuntos, mas sempre é bom ter uma opinião de alguém de fora.

T.P.E.: Você tem projetos ou planos para usar esses textos ou para escrever mais, como ideias, desejos, etc.?
Maknim: Eu ultimamente tenho pensado em publicá-los de forma impressa, como livro, livreto, ou qualquer coisa, mas ainda estou pensando só, não quero me arriscar a fazer algo para gastar e me arrepender depois, mas o desejo é grande. Agora, planos, primeiramente vou colocar os sonetos aqui, depois vou ver o que faço, já as letras, estas terei mais cuidado, porque tem muitas que podem ser usadas para alguma coisa, e as que não estão registradas, se eu me descuidar, posso ser roubado facilmente.

T.P.E.: Então, pronto para postar o texto sobre o carro vermelho?
Maknim: Claro, segue abaixo...


Vermelho Camaro


Há um carro vermelho na esquina
Um verdadeiro camaro imponente
No espelho os olhos dessa menina
Me deixando curioso e envolvente


Esperando para atravessar a rua
Ela parte, deixando o som do motor
Imagino aquela garota toda nua
E por ela agora morro por seu amor


Não sei quando a verei novamente
Mas aguardo aquela nobre princesa
Que jamais sairá da minha mente


Tais lábios e as lanternas acesas
Quando ouço no horizonte de repente
O motor V6 me fazendo surpresa


Maknim
07/07/2011

T.P.E.: Maknim, obrigado pela entrevista e continue escrevendo.
Maknim: Eu que agradeço e gostaria de saber: Quem será o(a) próximo(a) entrevistado(a)?

High Five - o/
27

Do Dia ! (5)

"Como gostar de alguém que você nem transou ainda? Não sabe se rola aquela química..."

Retirado do blog Vida Escrota

Penso totalmente o contrário dessa frase, até porque eu gosto mesmo antes de transar, e depois descobro se gosto ou não para manter um lance mais duradouro, mas quase sempre eu gosto.

High Five - o/
27

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Weird Al Yankovic !

 Nascido na Califórnia em 23/10/1959, Alfred Matthew Yankovic, conhecido popularmente como "Weird Al" Yankovic", é um músico humorista, parodista, acordeonista e produtor de televisão.

Conheço os trabalhos do Weird Al há algum tempo e seus trabalhos sempre me chamaram muita atenção, tanto pelas letras parodiadas com muita inteligência, ou pelos "Polkas" que ele transforma muitas músicas de sucesso da época, desde os hits pops dos anos 80 até os blacks, raps e rocks da atualidade, ou mesmo pela irreverência e diversidade em seu estilo, e recentemente ele lançou seu 13º Álbum, chamado Alpocalypse (Foto da Capa, que traz ele como um dos 4 cavaleiros do apocalypse), e novamente ele volta com paródias muito inteligentes e engraçadas em temas sobre as previsões do fim do mundo em 2012.

Ele parodia os principais músicos do cenário atual, e como primeiro single do álbum ele traz "Perform This Way". SIM!!! Acertou que fez a alusão correta. Esta música é parodiando a bombástica música "Born This Way", da Lady Gaga. Outros singles são músicas originais com críticas humoradas sobre algunas assuntos, como "Whatever You Like", sobre um cara que tenta impressionar sua namorada na época da crise economica, "Skipper Dan", sobre um homem que se formou em artes mas só conseguiu trabalhar como guia turístico na Dysney, "CNR", sobre os feitos de Charles Nelson Reilly, como os feitos de Chuck Norris, "Ringtones", que fala dos malditos ringtones irritantes, e "Craiglist", uma crítica às listas do site Craiglist.

Novamente ele volta com uma Polka Medley dos sucessos da temporada, e novamente a montagem foi muito bem feita. "Polka Face" já deixa óbvio qual o principal hit empregado na composição da Medley. Composta pelas músicas "Poker Face", de Lady Gaga, "Womanizer", de Britney Spears, "Right Round" de Flo Rida, "Day 'n' Nite" de Kid Cudi, "Need You Know" de Lady Antebellum, "Baby" de Justin Bieber, "So What" da Pink, "I Kissed A Girl" da Kety Perry, "Fireflies" de Owl City, "Blame It" do Jamie Foxx, "Replay" do Iyas, "Down" do Jay Sean, "Break Your Heart" do Taio Cruz, "Tik Tok" da Kesha e encerra com o refrão da "Poker Face" novamente. Confiram a música no link abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=xO9jAfY8fbU

Como sempre, Weird Al se inova e cria ótimas composições que caem no agrado popular, embora em terras verde-amarelas ele não seja tão conhecido devido a cultura Norte Americana não ser muito divulgada por aqui.
Conheçam. Ouçam.

High Five - o/
27
Ps: Ele tbm curte o 27 p kraio!!! Olha a placa do carro dele na foto acima, e isso não é nada, tem muito mais,,,

Do Dia ! (4)

"Generalizando, hoje a grande maioria das mulheres são tachadas de vagabundas ou de lésbicas, e os homens de cafajestes ou viados"

Maknim

High Five - o/
27

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mini Biografia em uma Auto Entrevista - Parte 2 !

 Continuando...

T.P.E.: Os assuntos que você escreve, apesar de diversificados, eles geralmente surgem como?
Maknim: Podem surgir do nada, ou de algo que eu repare ou perceba de coisas que acontecem, ou que não acontecem, eles surgem como uma ideia e vou desenvolvendo aquela ideia, inventando outros fatores para integrar o texto totalmente, fugindo um pouco da realidade pura, da realidade nua e crua, apesar de ter alguns textos que simplesmente eu escrevo, e do jeito que sai eu deixo, e alguns desses são os que mais gosto, porque acontecem de um jeito que eu nem imaginaria que eu pudesse fazer.

T.P.E.: Poderia nos dar um exemplo agora?
Maknim: Claro, por exemplo, tem um carro vermelho ali parado na esquina, e eu misturo outros fatores, como por exemplo o amor da minha vida que está nele, e ela me observa, e quando eu tento me aproximar, ela bate em retirada, e eu fico então, a partir desse dia, só esperando pra ver quando o carro vermelho vai voltar, na esperança que ela possa se arrepender e vir pra mim, pelo menos dar a chance de eu me apresentar e então deixar rolar - poxa, até eu gostei do exemplo, acho que depois vou desenvolver em cima disso (risos).

T.P.E.: Que ideia, surgir assim do nada, e são sempre ideis ligadas a esse tema, de falar de amor?
Maknim: A grande maioria fala de um amor, de uma paixão, ainda que seja bom, ou ruim, ou que marque, ou que não exista, ou que seja proveitosa, ou lamentada, sempre jogando um ar de dramaticidade nelas. Como disse, há críticas, "comédias" e de duplo sentido, mas a maioria eu viajo nas ideias do romance, penoso ou prazeroso.

T.P.E.: Vamos fazer um acordo então? Quando acabar a entrevista você posta aqui um texto sobre esse carro vermelho, pode ser?
Maknim: Não garanto nada, mas pode ser sim, falei que ia desenvolver em cima dele, agora isso virou desafio (risos).

T.P.E.: Embora tenha os que abrangem o tema amor/paixão, fale-nos um pouco dos que você escreve como crítica, duplo sentido ou "comédias", como você diz.
Maknim: Tudo começou com meu primeiro texto mesmo, que é bem dramático e não deixa às claras do tema que ele trata (drogas), mas na vertical você vê os nomes das drogas, então isso me deu a ideia de começar a escrever nesse sentido, de não deixar claro alguma coisa que estou falando. Quando critico alguma coisa, como por exemplo a pobreza, ou a polícia, ou o governo, procuro falar sobre a realidade que acontece, como é o caso da letra "Olhos Alheios", que falo e critico de um assalto que ocorreu perto de casa e quem estava perto não fez nada. Tenho também os textos para serem engraçados por abordar as coisas que acontecem que não nos demos conta, e apesar do fato parecer engraçado, é uma coisa real que as pessoas deveriam pensar um pouco sobre, claro, não é tão engraçado quanto gostaria que fosse, mas ainda sim tem uma graça se levada para o duplo sentido, como a letra "Te Quero Morácea", que está escrita de uma forma como se eu estivesse narrando a sedução de uma mulher, quando na verdade estou falando de "cerveja", pura e simplesmente, mas deixando esse duplo sentido no ar, até o nome mesmo, que Moráceas é um dos componentes da cevada, então isso distorce um pouco o real sentido do escrito, e procuro tentar fazer muito disso.

T.P.E.: O que você acha de seus próprios textos?
Maknim: Pra ser sincero (não espero de você... risos), brincadeira, mas na realidade eu não gosto muito deles, claro que há exceções que eu goste, há alguns que eu acho que são maravilhosos, na minha concepção, mas a grande maioria eu acabo não gostando. Eu tenho mais de 400 textos escritos, pelo menos uns 100 pra terminar que já "desenhei" a ideia, e mesmo assim, se eu falar que gosto de 10% deles, eu acho exagero, não chega nem a isso, e muitos deles que alguns amigos leem e gostam, eu realmente não acho muito bons, tanto é que para comentar sobre eles, como estou fazendo no blog Só Sonetando, eu não consigo explicar muito o porque da criação daquele texto. Em contraparte, tem uns que gostaria de explicar até mais do que eles realmente tem um sentido, que percebo depois, principalmente os de duplo sentido, que são poucos, mas que para mim acabam tendo um sentido a mais, ou dois, ou três (risos), como é o caso do Soneto "Duas Beldades", tentei escrever de um jeito que parecesse que eu estava falando de duas mulheres, mas o sentido mesmo era falando de um medicamento, o Benegripe, e quando coloquei lá no Só Sonetando, percebi que pode parecer também o uso de drogas em geral, como as balinhas das danceterias, uma sedução de duas lésbicas, ou mesmo uma dupla personalidade de alguém, que juntas me fazem formar uma opinião do que as duas personalidades me causam, e acho que poderia até citar mais se eu encontrar mais sentidos (risos).

T.P.E.: Você poderia citar alguns dos quais você gosta? E alguns do que você mais detesta, ou que não gosta tanto quanto os outros?
Maknim: Acho que os que eu citei são os que mais gosto, como "Deixe o Pango", "Te Quero Morácea", "Olhos Alheios", "Sem Fé, Sem Esperança", "Frente de Batalha", "Nossa Herança", que é a letra que veio da "Herança do Meu Avó", "O Mundo Há Muito Se Acabou", escrita em parceria com a Elaine, e os sonetos "Beijos Encarnados", "Dois de Mim", "Sem Espírito", "Randônicos Olhos", "Longa Estrada", "Fechadura", "Infinito Encontro", e mais recentemente "Vampiro Cristão". Agora falar dos que eu não gosto é difícil, eu colocaria todos os outros, boa parte no sentido de não gostar, e um pouco na categoria que são neutros, eu não gosto, mas também não disgosto.

T.P.E.: Porque você escreve mais sonetos do que textos em formato de poemas?
Maknim: Comecei a adquirir esse formato porque tento seguir um padrão de ideias que eu sei onde começa e onde acaba, um número contado de versos e estrofes, e neles percebi que não preciso seguir rima, métrica e ritmo, basta colocar no formato e deixar o texto como está, apenas contando com as 14 linhas, divididas, creio que virou costume por ser mais fácil de compreender pois tem menos versos, pois tem textos meus que tem muitos, e acabam se tornando consativos, principalmente quando não tem espaços ou parágrafos, e outra, a estética me agrada, então adotei o padrão, embora eu esteja criando um meu.

Continua...

High Five - o/
27

Do Dia ! (3)

"Será que é isso mesmo o que ela quer?"

High Five - o/
27

Devaneios do Claudião !

Inauguro hoje mais uma sessão de frases e pensamentos do Claudiné, vulgo véio do rio, bosta n'água, cururu, beato salu, capitão caverna, e tantos outros. Ele é um funcionário antigo que trabalha comigo que a cada dia solta pérolas que nos fazem rir, gargalhar, fechar a cara, brigar e chorar (esse último devido as suas piadas de altíssimo nível intelectualmente imbecis engraçadas.
Hoje ele lançou mais uma, por isso vou colocando aqui as principais e as novas que ele for lançando.

"Eu era guincheiro na minha época, hoje em dia não existe mais guincheiro e você não é guincheiro. Hoje, se der um chute no latão de lixo cai pra fora uma meia dúzia de guincheiros."

Falando para os guincheiros novatos

"Quer chegar mais cedo em casa pra quê neguinho? Pra ficar mais tempo sem fazer nada?"

Ele fala pra qualquer um apressado

"Vamo neguinho, vamo que a viatura não anda sozinha não neguinho!"

Falando para qualquer um que fique na nossa sala só passando o tempo

"Dessa vez passa viu neguinho. Mas da próxima... também"

Quando alguém faz alguma coisa errada que ele quebra o galho

High Five - o/
27

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mini Biografia em uma Auto Entrevista - Parte 1 !

Bom, começando essa sessão nova aqui no blog sobre BIOGRAFIAS, começarei como o criador entrevistando a criatura, o Tocar Para Esquecer faz uma auto entrevista do heterônimo do José Roberto, o Maknim, autor, narrador e escritor de diversos textos, letras, acontecimentos e sonetos que constituem seus blogs.

T.P.E.: Quando você decidiu começar a escrever e porquê?
Maknim: Eu comecei a escrever em 2005, quando eu formei minha primeira banda, e decidi que era hora de começar a escrever algumas coisas, como por exemplo, as músicas para a banda, mas a ideia da banda não vingou e deixei de lado essa história, escrevendo somente de vez em quando, mas em 2007 quando entrei para outra banda, a PN, decidi voltar a escrever, porque nessa altura eu já estava escrevendo raramente, e só escrevia a maioria das coisas que me vinham na cabeça quando eu estava numa fase ruim da minha vida, hoje já consigo escrever algumas coisas depois de pensar, como algumas críticas ou engraçadas, ou as que mais gosto, de duplo sentido.

T.P.E.: Qual foi o primeiro texto que você escreveu?
Maknim: O primeiro texto que escrevi eu lembro até hoje, foi o "Deixe o Pango", que fala das drogas e foi escrito para a primeira banda que tive, mas que nunca chegou a ser usada (até porque a banda não tirava nem covers, que dirá de fazer novas músicas (risos)). Mas digo que lembro da primeira, porque muitas que vieram nesse tempo todo, ou não lembro a sequência ou o motivo pelo qual escrevi.

T.P.E.: Você assina todos os seus escritos como "Maknim", de onde surgiu esse nome e porque você o usa?
Maknim: Sou um heterônimo que fui criado para (acredite se quiser), um jogo de RPG, e na época meu criador não tinha ideia de que nome usar, então ele juntou a primeira letra das bandas que ele ouvia na época, e saiu o Maknim, um homem que tinha como parceiro de aventuras um lobo chamado Troy, e como na fantasia podemos tudo, eles se juntavam numa fusão, e o Maknim acabava se tornando um lobisomem, estória de doido mesmo (risos), mas a partir daí, foi-se gerando muito apego por esse nome, e meu criador imaginava esse nome em muita coisa, como bandas, lojas, livros, etc. E é usado até hoje, mas por enquanto, somente na assinatura dos textos (igual Fernando Pessoa usava em seus textos).

T.P.E.: E você pode nos dizer quais bandas formam seu nome?
Maknim: Claro, só lembrando que isso foi na época, e hoje meu nome estaria bem diferente se fosse feito agora. As bandas que formam o nome são Metallica, Apocalyptica, Kiss, Nirvana, Iron Maiden e Marilyn Manson, ligados direta ou indiretamente pelo surgimento do meu gosto pelo rock, apesar que Nirvana e Iron não curto muito ultimamente.

T.P.E.: Você costuma ler regularmente? Que tipo de literatura você prefere?
Maknim: Eu costumava ler mais na época que o Maknim foi criado, gostava de livros de aventura, alguns de poemas, de suspense, mas ultimamente me sinto atraído pelas literaturas que tiram nossa visão do mundinho redondo que vemos para enxergar as coisas que estão além, fazer-nos "pensar" um pouco, como a série de livros de Douglas Adams, "O Guia do Mochileiro das Galáxias", ou livros do Richard Dawkins, como "Deus, Um Delírio" ou "O Gene Egoísta". Mas ultimamente não tenho lido muito, por falta de tempo mesmo.

T.P.E.: E música? Preferências e com que regularidade você ouve?
Maknim: Música é uma constante em minha vida, sinto não ter o talento e dom musical que eu gostaria de ter, porque eu adoro, ouço todos os dias, principalmente metal, e a música tem grande participação na minha ideia para escrever, pois geralmente uso ritmos e estilos para escrever algumas coisas, como um ritmo hardcore ou punk, ou mais metal, pesado, leve, diversos tipos. Até teve uma letra que usei um ritmo de micareta, e to escrevendo uma como se fosse um sambinha, mas a diferença está que depois disso ela fica arritmica, sem ritmo, para ler direto e reto, fica diferente, até por isso que alguns beiram a incoerência, por não dar a entender o motivo de escrever do jeito escrevi, e sim do jeito que está sendo lido.

T.P.E: Você se inspira em algum escritor para escrever suas letras?
Maknim: Eu buscava inspiração em poetas e romancistas, mas nunca escrevi como eles, assim como bandas que conseguiam transformar letras simples, apenas aplicando uma melodia em cima, em maravilhosas poesias, obras de arte, como era o caso de Raul Seixas, Renato Russo e, atualmente, de Rogério Skylab, mas apesar disso, apesar da influência, meus textos não chegam nem perto dos deles, e de muitos outros que também admiro, como Machados de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Pablo Neruda e Arnaldo Jabor.

T.P.E.: Sobre o que você fala em seus poemas?

Maknim: Eu não gosto de usar a expressão "poemas", "poesias", "poeta", ou outros similares, até porque não me considero um poeta.

T.P.E.: Não gosta de ser chamado de poeta nem diz que seus textos são poesia, porque você pensa assim? Costume ou tem algum motivo específico?
Maknim: Digamos que pode ser um pouco de costume pelo meu pensamento. Uma vez lendo sobre Juan Luiz Guerra, ele disse que não se considerava um poeta, que poeta era Pablo Neruda, ele era só um letrista, e me encaixei nesse perfil, porque me considero apenas um letrista, embora eu escreva sonetos e textos em formas de poemas, gosto de me referir a eles como simplesmente "textos" ou "letras", e não me considero poeta nem escritor, e sim um simples "letrista", nem tanto quanto gostaria, porque as letras de Luiz Guerra são formidáveis...

T.P.E.: Certo, então sobre o que você escreve em seus textos e Quais são os tipos e/ou formatos de textos que você cria?
Maknim: Eu comecei escrevendo falando do que sentia a respeito das coisas que eu via à minha volta, como eu me sentia e criava estórias fictícias de romances e decepções que tive, em que tudo rolava dentro da minha cabeça, era só faz de conta, mas de um jeito como se eu tivesse passado por aquilo, mas eu ainda fantasia mais, usando expressões irreais, como princesas, castelos, ilhas, paraíso e outras coisas que são apenas comparações, são apenas ilustrações para fantasiar um pouco as estórias, mas que não deixavam de acontecer em minha mente. Depois de um tempo, e com a popularização da moda emo, eu não gostava dos meus textos porque eles poderiam levar essa rotulagem, e na mesma época conheci as músicas e sonetos do Rogério Skylab, então comecei a escrever mais sobre o cotidiano, sobre as coisas que de fato aconteceram, como as noites de tédio, os dias de loucura, o abandono, a alegria, a raiva, as críticas, mas ainda assim demorou um tempo para controlar as emoções para escrever, porque geralmente escrevia quando estava mal, como disse.

T.P.E.: E os tipos de textos?
Maknim: Ah, sim, são textos de diversas formas, mas a maioria são em formato de Sonetos. Tem alguns em forma de poema, algumas letras são bem diferentes umas das outras, porque algumas tem refrão e outras não. Dentro dos próprios sonetos utilizei de vários estilos para escrevê-los, desde os sonetos padrões, com rimas, ritmo e simetria, até a alternação disso, para rimas ricas, pobres, alternatadas, intercaladas, internas, externas, e a falta das rimas, a falta da simetria e a falta de ritmo, muitas vezes beirando a incoerência, mas sempre com consciência do que eu estava escrevendo. Também escrevi alguns e pretendo escrever mais sobre o "padrão27", ainda não dei nome, nem sei se já existe, mas nunca vi, que são textos como se fossem sonetos, mas formados por 3 estrofes de 9 versos cada, totalizando 27 versos.

Continua...

Quaisquer dúvidas e perguntas que quiserem que sejam feitas aqui na entrevista, só colocar nos comentários.


High Five - o/
27

O Mundo Tá Sempre Girando !

O Mundo Tá Sempre Girando
Skylab

Às vezes eu fico pensando
Como é que se pode ficar
Parado no meio do mundo
Se o mundo tá sempre a girar.


Por mais que eu fique calado,
Parado no mesmo lugar,
Eu fico girando no mundo
E o mundo comigo a girar.


Meu amor, meu amor, meu amor.


As coisas que eu falo agora
Nem mesmo consigo entender,
Quem sabe um dia eu traduza
O que pra mim foi você.


Os automóveis passando,
As ondas do rádio, a TV,
Um monte de gente falando,
O Homem Bomba!!!


É que o mundo tá sempre girando,
Não é difícil entender,
Quem sabe um dia eu te encontro
No Baixo, no Harley ou talvez
Pulando de um edifício,
Girando em pleno ar.


É que o mundo tá sempre girando
E eu fico girando também,
As coisas que eu falo agora
Eu não consigo entender.

Rogério Skylab e Maurício Pereira da banda "Os Mulheres Negras"

High Five - o/
27

Do Dia ! (2)

"Sejamos como as borboletas que lutam
Para sair de seus casulos-esculturas"

Trecho de "Sem Fé, Sem Esperança" de Maknim (14/02/2011)

High Five - o/
27

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Através da Porta !

Como comentado no blog Só Sonetando, escreverei a letra desse fato ocorrido e depois comentarei. A letra eu criei originalmente para ser em inglês, mas devido a alguns erros que vou arrumar, colocarei somente a letra traduzida.
ATRAVÉS DA PORTA


Através da porta você vê
O que não devia acontecer
Sorrisos transformados
Mundo louco, alucinado
Num beijo que seria pra você
Nada demais
Cada vez mais
Perco também


Feche os olhos, bata a porta
Sua esperança não está morta
Não afunde o nariz
No que te faz infeliz
Num acesso a visão entorta
Nada demais
Mudar jamais
Nem por ninguém


Fale junto aos meus ouvidos (Mentiras mal contadas)
Não conte coisas que duvido (Quando as luzes apagadas)
Diga sobre esse seu amor (suas palavras engasgadas)
Contam histórias dessa dor (Cortar fora as enxurradas)


Diga a verdade, mesmo eu que não pensei
Olhe em meus olhos, como nos teus olhei
Pode se esconder, de tudo que te avisei
Fale da vida, contar coisas que não sei


Através da porta da ilusão
Você busca ainda uma razão
Não faz mais diferença
O gelo é tua sentença
Alucinante criando sedução
Nada demais
Sai em jornais
Pouco não tem


Tente me mostrar o que é vil
Não me diga o que você viu
Foi só um descuido
O pó fechou teu mundo
Sem querer saber, você partiu
Nada demais
Volte atrás
Errei também


Esqueça o que viu, o que te falei
Não ache que nada disso foi real
Não queira provar o que eu provei
Tente sair dessa confusão mental


Não se desespere
Você diz que tudo acabou
Virou as costas para mim
Sabe que você vai pagar


Não queira algo que quero
Algo que nunca começou
Sabe que isso não é o fim
Ainda que possa demorar


Através da porta fechada
Por você me arrependo
Ela bate em retirada
Com a honra manchada
Esconde as cicatrizes
E põe na mesa o que te faz sofrer


Maknim
30/09/2010

Detalhe que quando eu escrevi isso e mostrei para minha mãe, ela leu e perguntou: "Pra quem é essa letra?", tipo, tá tão na cara assim que é devido um fato ocorrido?,,,rs
Complemento do Soneto "Pó da Mesa" que está postado no outro blog.

Fato acontecido numa festa, uma amiga acabou por usar o que não devia por ter visto o que não devia, aliás, não devia nem ter acontecido, mas ver aquele olhar pela porta, um olhar de decepção, é muito pesado, mas logo superado se devidamente compreendido.

High Five - o/
27

Do Dia !

"Perplexidade e Complexidade são duas variantes que nos tornam invariáveis enquanto elas agem"

Maknim
04/07/2011