quarta-feira, 28 de maio de 2008

Previsão !

Dia 10 de Agosto de 2008

O Aniversáro que me consome
Me transforma no rosto sem nome
Constrói toda esperança abatida
Mostra em mim atitude arrependida

Qual roupa estarei usando?
Quem eu verei no dia?
Vou beber ou passar sóbrio?
Vou sozinho ou acompanhado?

Vou sair ou me trancar?
Solidão ou Multidão?
Namorada? Amigos?
Fraco e doente ou forte e são?

Uma pergunta. Um questionário,
Mas espero pelo pior
Ainda que querendo o melhor
Horrível será esse aniversário.

Espero não passar sozinho
Espero ganhar presentes,
Entre eles o que for suficiente
Como um abraço e um carinho

Dedos que percorrem minha mente
Me fazem sorrir nesse dia
Pois minha única amiga
Será aquela que estará trancada aqui

Meu quarto, um computador
Uma vida, uma garrafa
Um mão, um pensamento
Uma onda de psicose e dor

Estarei sem arrependimento algum
Pois tudo que eu quis ganhar,
Entreos gestos de Amor e do amar
Não restará mais que esse velho bebum

Vinte e um anos que passaram devagar
Mas vem chegando, e já vai indo
Nem percebo quando estou dormindo
E eu aqui com essa doença que não quer me largar

Até parece praga ou maldição
O que pra uns normal
para outros sobrenatural
Para mim, seria uma realização.

Você não liga, e faz pouco caso
Um simples fato que não faz diferença
Uma questão demonstra a indiferença
Me deixando a imaginar o que está por baixo

Só eu e ela, juntos no meu quarto
E tudo começa a ficar mais leve
Enquanto vou me tornando mais pesado
Difícil de manter em pé
A gravidade faz o efeito
Realiza sua mágica comigo
E logo estarei aqui, deitado
Esparramado feito um Zé
Enquanto meu quarto gira
Vejo ela girar para o lado
Me deixando aqui jogado
Vou pansando o que eu quiser
Ja foi assim, nenhum com essa idade
Ficar sozinho já virou costume,
Me abraçar a ela e sentir o seu perfume
Pois sei que nessa garrafa não há falsidade.

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Maknim