terça-feira, 11 de outubro de 2011

15 Anos Sem Renato Russo !

Começamos o dia hoje lembrando da morte daquele que para muitos, assim como para mim, não foi só um músico ou letrista, foi um poeta, e mesmo um profeta retratando uma realidade que por décadas se mantem atualizada, desde muito tempo atrás, até daqui muitos anos.
Compartilho aqui duas músicas que para mim traduzem o que significou Renato Russo e a Legião Urbana na minha vida, são músicas que me marcam até hoje, e começamos esse dia chuvoso de 11 de Outubro com "Metal Contra As Nuvens" e "Andre Doria".

METAL CONTRA AS NUVENS

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.


Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.


Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.


Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.


Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.


Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.


Quase acreditei, quase acreditei


E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.


Olha o sopro do dragão...


É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói


Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.


Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.


Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.


Não me entrego sem lutar
Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.


- Tudo passa, tudo passará...


E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.


E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos

ANDREA DORIA

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...

Não vou escrever sobre a vida dele, para isso aguardamos o lançamento do documentário "Somos Tão Jovens", que conta a história dessa grande compositor que retrata e mexe com os sentimentos de quem o ouve, por enquanto, fica a lembrança.
Nas palavras do mentor:

"É tão estranho, os bons morrem jovens, assim parece ser, quando me lembro de você, que acabou indo embora, cedo demais..."

Maknim
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2 comentários:

Le Anderson Cogo disse...

bela bosta 15 anos sem, ele,
quero ver ficar 15 anos sem BACON

Maknim disse...

Estranho ouvir isso de quem tocava uma música dele na banda, nunca vi você tocar uma música do BACON,,,kkk